sábado, 24 de outubro de 2009

mario quintana


A vida são deveres que nós trouxemos pra fazer em casa. Quando se vê já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira. Quando se vê, já terminou o ano.Quando se vê, passaram-se 50 anos! Agora, é tarde demais para ser reprovado. Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada inútil das horas... Dessa forma eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo. A única falta que terá, será desse tempo que infelizmente... não voltará mais.
Mario Quintana

Quando a luz estender a roupa nos telhados
E for todo o horizonte um frêmito de palmas
E junto ao leito fundo nossas duas almas
Chamarem nossos corpos nus, entrelaçados
Seremos, na manhã duas máscaras calmas
E felizes, de grandes olhos claros e rasgados...
Depois, volvendo ao sol as nossas quatro palmas,
Encheremos o céu de vôos encantados!
E as rosas da Cidade inda serão minhas rosas,
Serão todas felizes, sem saber por quê...
Até os cegos, os entrevadinhos...
E Vestidos, contra o azul, de tons vibrantes e violentos
Nós improvisaremos danças espantosas.
Sobre os telhados altos, entre o fumo e os cata-ventos!
Mario Quintana.

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